O Magazine Luiza fechou acordo com a GreenYellow para o fornecimento de energia solar fotovoltaica para 214 das suas mais de 1.100 lojas. O contrato, que funciona no modelo de aluguel, prevê a entrega de 9307,1 MWh por ano.
O acordo foi firmado ainda no primeiro trimestre de 2020, mas a expectativa é de que a energia que a energia comece a ser produzida em 2021. As 214 lojas da rede passarão, então, a funcionar 100% a base da energia sustentável.
Foto Divulgação
Iniciativa não é inédita
A iniciativa da varejista não é inédita, segundo dados de junho da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), 39,5% da energia solar consumida no País já fica com o setor de comércio e serviços.
Recentemente, a Nike anunciou que sua principal central logística passou a gerar 80% da próprio consumo de energia. Em operação desde o primeiro trimestre, a usina solar do centro de distribuição em Louveira (SP) gera, em média, 100 mil kWh por mês. Esse é o maior potencial em um empreendimento logístico no Brasil.
No caso da Magalu ao invés de fazer instalação dos painéis em suas lojas, optou pelo aluguel, o que significa vai usar a energia comprada de um parceiro, no caso, a GreenYellow, subsidiária do grupo francês Casino. A empresa investiu mais de R$ 18 milhões nas usinas que devem fornecer energia para o novo contrato. Farão parte do projeto as fotovoltaicas de Coroados e Riolândia, no Estado de São Paulo, e de Florestópolis, no Paraná. Juntas, elas têm 4.8 MW de potência instalada, suficiente para abastecer, por ano, 4,2 mil casas.
Tendência
É uma tendência do mercado a buscar por uma gestão sustentável do ponto de vista financeiro e do meio ambiente. "O modelo de aluguel de energia é interessante para empresas que tenham outra atividade fim. Assim, elas podem centralizar seus esforços no que é mais importante para o negócio, enquanto fazem até mesmo economia com energia", diz o presidente executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia. Ele explica que esse tipo de energia tem ficado mais barata com o passar do tempo.
"Desde 2010 até agora, energia solar viu seu preço cair 86%, segundo dados da Bloomberg", diz Sauaia. Sendo assim, para além do ganho de imagem que as empresas têm ao fazer anúncios do tipo, há perspectivas de que o investimento em energia limpa proporcione melhores resultados nas contas das varejistas. "Enquanto a solar fica mais barata ano após ano, a elétrica tem reajustes acima da inflação. Em 2021, podemos ainda ver aumento da tarifa afim de compensar o reajuste que não foi feito neste ano", afirma o presidente da Absolar.
Para o coordenador do MBA em gestão empresarial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Ricardo Teixeira, a busca por energia limpa é uma tendência global.
Ele explica que criar uma imagem de quem se preocupa com o planeta é positivo para as companhias, pois isso fideliza os clientes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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