Dentre as fontes de energia, a que obteve maior crescimento foi a solar fotovoltaica, atingindo 75,3%, em relação a outubro de 2018
A geração de energia elétrica teve acréscimo de 2,8% em outubro, com 67.339 MW médios ante 65.510 MW médios no mesmo mês de 2018. Dentre as fontes de energia, destaque para o crescimento de 75,3% da energia solar fotovoltaica. Os dados são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) em seu boletim InfoMercado, com base nos dados preliminares de medição coletados entre os dias 1º e 31 de outubro.
Ainda segundo o informativo da CCEE, a produção de energia eólica cresceu 29,6% e a geração termelétrica avançou 17,5%. Já as hidrelétricas registraram redução de 6,1%.
Em relação ao consumo de energia elétrica no País, o crescimento foi de 3% em outubro, atingindo 64.998 MW médios, frente aos 63.095 MW médios no mesmo período do ano passado.
No mercado regulado, no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, o aumento no consumo foi de 2,6% em relação a outubro de 2018, considerando a mudança de clientes para o mercado livre. Desconsiderando o impacto dessas migrações, o chamado Ambiente de Contratação Regulada (ACR), registraria aumento de 4,7%.
Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual as empresas compram energia diretamente dos fornecedores, a alta do consumo foi de 4% em relação ao mesmo mês do ano passado. Sem o impacto da inclusão de novas cargas em decorrência das migrações, o mercado livre registraria uma retração de 0,9%.
De acordo com a CCEE, os segmentos da indústria que mais se destacaram foram para o crescimento de consumo em: saneamento (20,2%), transporte (19,8%) e comércio (17,7%). Conforme explicou a Câmara de Comercialização, a forte expansão registrada nesses setores está vinculada à migração dos consumidores para o mercado livre. Ao excluir este impacto, os maiores porcentuais de alta ficam nos ramos alimentício (4,6%), bebidas (3,4%) e comércio (3,3%).
Por outro lado, apenas o segmento de madeira, papel e celulose apresentou retração, de 1,9%, no comparativo excluindo as migrações ao mercado livre.
A bandeira tarifária em novembro de 2019 será vermelha (patamar 1) com custo de R$ 4,169 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Novembro normalmente se caracteriza pelo início do período úmido nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN). Todavia, o regime de chuvas regulares nessas regiões tem se revelado significativamente abaixo do padrão histórico. A previsão hidrológica para o mês também aponta vazões afluentes aos principais reservatórios abaixo da média, o que repercute diretamente na capacidade de produção das hidrelétricas, elevando os custos relacionados ao risco hidrológico (GSF). Essa conjuntura demanda elevação do acionamento do parque termelétrico, com consequências diretas sobre o preço da energia (PLD). O PLD e o GSF são as duas variáveis que determinam a cor da bandeira a ser acionada.
Criado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o bom uso da energia elétrica. O funcionamento das bandeiras tarifárias é simples: as cores verde, amarela ou vermelha (nos patamares 1 e 2) indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração.
Com as bandeiras, a conta de luz ficou mais transparente e o consumidor tem a melhor informação, para usar a energia elétrica de forma mais eficiente, sem desperdícios.
Fonte: Portal Solar
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